Quando o assunto é politica, dificilmente alguém aceita a ideia de não debater a respeito. Quase todos tem um posicionamento ou opinião a respeito de determinado partido ou figura política que esteja sob investigação de envolvimento em algum escândalo envolvendo corrupção.
Mas como somos humanos e seguimos tendências comportamentais, a do momento é agir com ódio a tudo que seja contra suas convicções ideológicas ou politicas, defendendo somente aquilo que julgam ser adequado, que não estejam em desacordo com as normas impostas por seus ídolos, bem como de suas normas de conduta.
Já não há mais espaço para pessoas que pensem de forma equilibrada e autônoma, pois de um lado estão direitistas prepotentes e arrogantes, atribuindo a si o poder de semideuses, achando-se os revolucionários da nova ordem mundial, tendo como oposição um exército de esquerdistas igualmente acéfalos que agem como Neandertais e dispostos a comprar briga virtual, depredar patrimônio e não aceitar questionamentos contrários a suas ideologias. Limitando-se e proferir palavrões quando lhe faltam argumentos em um debate.
O que vejo hoje é uma verdadeira batalha de macacos, como no filme Guerra do fogo, onde cada indivíduo disputa seu espaço aos berros e agridem como forma de imposição da sua verdade, ignorando totalmente o bom senso e deixando em casa seus cérebros, para dar vazão à suas frustrações pessoais, apontando no outro os defeitos que na realidade fazem parte de sua forma de conduta e do seu desequilíbrio emocional.
O senso comum impede que haja clareza e razão em seus atos, pois uma vez que esteja inebriado pela ideologia que rege sua vida, o indivíduo não tem controle sobre seus atos e limita-se a repercutir aquilo que lhe foi pregado, como uma espécie de mantra ou lavagem cerebral. Causando caos para a sociedade.
E para aqueles que não compactuam com as ideologias pré históricas impostas, o que resta é a solidão, pois o indivíduo que age e pensa com bom senso, que conta com bom equilíbrio emocional e senso de observação aguçado, normalmente é repelido e rechaçado pelos demais, por não enquadrar-se nos padrões impostos por ambos os grupos.
Normalmente que está de fora e não aceita tais imposições, logo é tachado como fascista, defensor de golpista, de bandido, de gay, de terrorista e tantos outros adjetivos raivosos e dignos de um adolescente revoltado e insatisfeito com a vida.
Estas pessoas chegam a ser um risco para a sociedade, pois por onde transitam, deixam seu rastro de intolerância, exemplificando o que há de pior na espécie humana. O ódio.
Para estas pessoas, é necessário que haja um motivo para odiar alguém, seja pela forma como age, pensa, veste, come ou se envolve com os demais seres humanos. Do contrário, a vida fica sem sentido e enfadonha. religiosas ou não, a expressão cristã “amai-vos uns aos outros” não lhes cai bem, pois algumas se definem religiosas e cristãs, mas com ressalvas quando o temas é respeitar o outro como própria espécie.
Penso que com este tipo de pensamento esquizofrênico, em outras épocas tais pessoas estariam condenadas e viver o resto de seus dias em um sanatório, pois quem defende temas como discriminação, incita ao ódio e não enxerga o óbvio, certamente está acometido por algum tipo de transtorno mental severo e persistente. Não tem sanidade.
Este radicalismo desenfreado, infelizmente é a causa de tantas tragédias, pois é preocupante notar que pessoas que dizem odiar grupos extremistas, na verdade agem de igual maneira ao defender seu posicionamento em público, generalizando situações e emitindo opiniões sobre aquilo que não conhecem profundamente, com argumentos baseados em “achismos”. E quando contrariadas, partem logo para o ataque, com uma enxurrada de ofensas ou indiretas virtuais, para que todos saibam que estão frustradas e precisam de aceitação.
O fato de vê-las defendendo a normatização de um pensamento por si já e grave, principalmente quando se trata de radicalismo político pois a direita acusa a esquerda, mas ambas agem da mesma maneira ao tentar definir formas de conduta em sociedade, desrespeitando a individualidade alheia e principalmente os costumes ancestrais.
Nas redes sociais, pessoas de livre pensar geralmente são banidas de grupos e deletadas de listas de amigos tomados pela militância e que tornam-se intolerantes, burros e incapazes de pensar com o cérebro, em vez do intestino.
Este desequilíbrio emocional é parte do problema criado pelas ideologias, pois para ser aceito, o indivíduo antes de tudo necessita assumir um lado e aceitar o rótulo que melhor lhe defina enquanto membro de um grupo de pensadores e experts de rede social.
O mundo não precisa de uma sociedade binária, que tem visão seletiva e insiste em defender o indefensável, agindo sem o devido bom senso e principalmente não tendo noção alguma de como conviver em equilíbrio dentro de uma sociedade, sem precisar desfilar pelas ruas ostentando suas insígnias de arrogante mor, prepotente vip ou acéfalo Phd com especialização em terapias holísticas e plantador de ervas indianas.
O que precisamos é de seres humanos racionais e conscientes de que ideologias não levam sociedade alguma ao crescimento, mas sim a uma visão restrita do mundo que nos cerca e consequentemente a um adoecimento mental por conta do fanatismo.
Não somos perfeitos e não temos por obrigação agir como gado, seguindo o senso comum, sem questionar a respeito e desprezando esta enorme massa encefálica herdada por anos de evolução.
Precisamos agir menos como macacos e enfim vestir a carapuça de homo sapiens e fazer valer nossa intelectualidade. Mas pelo visto ainda existem pessoas que insistem em agir como um Neanderthal. Infelizmente!